O SCALA não é uma universidade, nem uma escola. Não há aqui professores e alunos, docentes e discentes. Há uma equipa. Ainda assim, como lugar de formação orientada, o SCALA não ficou imune ao contexto pandémico que vivemos e foi, obviamente, tocado pelas medidas de controlo da pandemia que começaram em março de 2020, nomeadamente pelo confinamento obrigatório. O primeiro confinamento coincidiu com o fim do Bloco II do ano passado e a ameaça de um confinamento prolongado punha em causa o Bloco III, até então, programado numa lógica maioritariamente presencial.
No entanto, como projeto missionário em diálogo com o mundo e atento aos sinais dos tempos, o SCALA (como tantas escolas, espaços, entidades, etc. por esse mundo fora…) teve de se reinventar.
· revisitámos e revimos os programas e conteúdos para um novo modelo;
· reconvertemos os horários, tornando-os flexíveis e adaptados aos ritmos de cada participante;
· adaptámos os tempos e as durações das sessões à realidade do mundo online;
· estabelecemos parcerias e convidámos gente de fora a vir conversar connosco;
· criámos uma biblioteca online de recursos digitais;
· na nossa plataforma fazemos a disponibilização total de conteúdos online;
· criámos fóruns de participação e lugares de Q&A;
· adaptámos as sessões presenciais a uma lógica rotativa com divisão de grupo;
Foi já depois do fim do ano, terminada a primeira edição do curso SCALA, que lemos um artigo de opinião, escrito pelas professoras Maria d’Oliveira Martins e Inês Quadros, professoras de Direito da Universidade Católica Portuguesa, publicado pelo jornal Expresso a 2 de junho de 2020. Revimo-nos nele. Na verdade, mais do que um artigo de opinião é texto de visão, uma visão programática rumo a um futuro que se fez presente muito rapidamente.
Quase um ano volvido este texto continua a ser de uma atualidade impressionante. Meses depois, e tendo já muito sido feito e realizado nesse sentido, a visão programática das autoras continua a chamar-nos lá da frente. No SCALA, temos noção do tanto que já fizemos e convertemos para nos adaptarmos a esta nova realidade, mas temos plena noção do caminho que ainda temos pela frente e dos desafios sempre novos que se nos apresentam.
